Um novo teste elaborado para avaliar a agilidade mental de um paciente pode ajudar a detectar o Mal de Alzheimer com maior precisão do que os testes tradicionais, de acordo com pesquisadores britânicos.
O questionário com duas páginas pode ser preenchido pelos próprios pacientes na sala de espera de consultórios médicos ou de hospitais.
O chamado "Teste Sua Memória" (TYM, na sigla em inglês) inclui uma série de dez tarefas que têm o objetivo de avaliar habilidades-chave que podem ser afetadas pela doença, como a de copiar uma sentença, usar as palavras apropriadamente, empregar aritmética básica ou usar a memória.
Jeremy Brown, neurologista do Hospital Addenbrooke, em Cambridge, onde o teste foi desenvolvido, disse que o TYM detectou Alzheimer em 93% dos pacientes em um teste com 540 pessoas saudáveis e 139 pessoas já diagnosticadas com a doença. O teste tradicional, conhecido como Mini-Avaliação do Estado Mental (MMSE, na sigla em inglês), revelou a presença da doença em apenas 52% dos pacientes.
"É um novo teste de triagem para o mal de Alzheimer", disse Brown. "Não é um teste para diagnóstico mas poderá permitir uma triagem rápida de pacientes com problemas de memória e identificar os que precisam ser enviados para uma avaliação mais detalhada."
"O atual teste-padrão (...) vem sendo usado há 50 anos e leva cerca de oito minutos para ser concluído. Ele não é particularmente sensível para detectar o mal de Alzheimer."
O especialista acredita ainda que este teste pode ser muito mais fácil de aplicar em pessoas que não têm o inglês como língua nativa.
Entre as perguntas do TYM estão: "O que uma cenoura e uma batata têm em comum"?; "Desenhe os ponteiros para que o relógio marque 9h20"; "Em que ano a Primeira Guerra Mundial começou?"; ou "Escreva os nomes de quatro animais que comecem com a letra 'S'".
Em aritmética, pede-se que o paciente faça contas simples de adição, subtração e multiplicação.
O novo teste foi apresentado na revista BMJ Online.
Rebecca Wood, diretora executiva da ONG Alzheimer's Research Trust, disse que o novo teste é um grande passo nos esforços para identificar sinais prematuros de demência.
Wood acredita que dois terços das pessoas que desenvolveram o mal não foram diagnosticadas imediatamente.
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