quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Deu no Globo: Hospitais psiquiátricos do Rio em agonia

A repórter Fernanda Baldioti mostrou um pouco da situação do que acontece nos hospitais psiquiátricos do RIO DE JANEIRO: pacientes dormindo no chão, fumando na enfermaria, pacientes obrigados a comer em pé, leitos sem colchão, roupas misturadas ao lixo, banheiros sem a mínima manutenção, entre outras coisas.

A repórter acompanhou o presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereador Carlos Eduardo (PSB), numa vistoria realizada no Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira, mais conhecido como hospício do Engenho de Dentro, no Instituto Municipal Philippe Pinel, em Botafogo e na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá.

A crise, causada em parte pelo corte no orçamento e pelo hiato entre o que é gasto e o valor repassado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), levou o psiquiatra Edmar Oliveira a pedir demissão do cargo de diretor do Nise este mês, após dez anos exercendo a função:

- A secretaria cortou 25% dos contratos terceirizados, que são responsáveis por setores como alimentação e limpeza. Com isto, gestores que, como eu, já vinham fazendo economia, foram prejudicados. Eu já tinha cortado todos os excessos, com menos 25%, não tinha mais como trabalhar. As enfermarias estão em petição de miséria. Com essa verba, só conseguia trocar as lâmpadas - disse o psiquiatra Edmar Oliveira.

Já na Colônia Juliano Moreira, enquanto algumas pacientes da Unidade Franco da Rocha, um dos núcleos da antiga Colônia Juliano Moreira, moram em lares de acolhimento que têm camas no lugar de leitos hospitalares, quartos com suíte e até mesmo refeitório com mesinhas com flores, a realidade em outros setores do conjunto psiquiátrico mostram um total contraste. A enorme diferença entre o novo modelo de saúde mental preconizado pelo Ministério da Saúde a partir da reforma psiquiátrica e as tradicionais aglomerações de pacientes em amplas salas no estilo manicomial coexistem na Colônia.

Veja as reportagens em Hospitais do Rio em agonia - O Globo e As duas faces da Colônia Juliano Moreira - O Globo.

Veja o vídeo da vistoria do Instituto Nise da Silveira, da vistoria do Instituto Philippe Pinel e da vistoria da Colônia Juliano Moreira.

Não se atrase para ver os vídeos, pois não sei por quanto tempo estarão disponíveis.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Pré-congresso Internacional Saúde Mental e Direitos humanos acontece em Uberaba, Minas Gerais

Clique na imagem para vê-la em tamanho maior.(Clique para ampliar)


09, 10 e 11 de Outubro de 2009 - Uberaba - MG - Brasil

PROGRAMAÇÃO

9 OUTUBRO
Atividades no Centro Administrativo da Prefeitura

17:30 CREDENCIAMENTO E INSCRIÇÕES

19:00 ABERTURA
Gregorio Baremblitt (FGB-IFG Belo Horizonte)
Gregorio Kazi (Universidade Praça de Maio - Argentina)
Fátima de Oliveira (FGB Uberaba - IFG)
Margarete Amorim (FGB - IFG Belo Horizonte)

20:00 CONFERÊNCIA
Racionalidade, loucura e Insurgências
Gregorio Kazi

10 OUTUBRO
Atividades no Auditório - Casa do Folclore
08:00 CREDENCIAMENTO E INSCRIÇÕES

09:00 CONFERÊNCIA
Esquizoanálise e Esquizodrama - Uma klínica insurgente
Jorge Bichuetti (CAPS Maria Boneca, FGB Uberaba)

11:00 CONFERÊNCIA
As três ecológicas - Alfredo Martín (UFRG - Rio Grande do Sul)

14:30 CONFERÊNCIA
A klínica dos Vínculos - Marcus Vinícius* (UFBA - Bahia)

16:30 CONFERÊNCIA
Esquizodrama - dos grupos e redes sociais - Alfonso Lanz (Montevidéu - Uruguai)

Atividades nos Salões
09:00 HORAS
SALÃO 1 - MESA - Crise histórica e crise subjetiva
G. Kazi, Alfonso Lanz, Fátima de Oliveira

SALÃO 2 - MESA - Medicação e outros recursos da clínica psiquiátrica
Sérgio Berttarello (UFSP - SP), Maria Silvana Maia (Clínica Urgentemente - BH),
Lucia Aquino (Coordenação de Saúde Mental - Betim),
Lucas Paiva Gomes (CAPS Ouro Preto)*

SALÃO 3 - MESA - Análise instituinte da reforma psiquiátrica
Marta Elizabete de Souza (Coordenação Estadual de Saúde Mental - MG),
Patrícia Ayer (IFG - FGB - Saúde Mental Pública - BH), Milton Bicalho (FGB-IFG, - BH),
Isabel F. Passos* (UFMG), Paulo Cesar Francisco (CAPS AD Ouro Preto)

11:00 HORAS
SALÃO 1 - MESA - Klínica da literatura e das artes
Marcelo Fontes (FGB-IFG, - Belo Horizonte), Cláudia Canarim* (FGB - RJ),
Caio Cesar Souza* (UFU - Uberlândia), Christine Vianna (CAPSi Ouro Preto)

SALÃO 2 - MESA SUPERVISÃO DE GRUPOS, ORGANIZAÇÃO E REDES SOCIAIS
Carmen Lícia Macedo, Margarete Amorim, Jorge Bichuetti, Alfredo Martín

SALÃO 3 - MESA - O que pode um corpo
Carlos Briganti (SP), Clarissa Alcântara (PUC - SP),
Fernando Yonezawa (DEVIR - Campinas)

14:30 HORAS
SALÃO 1 - ESQUIZODRAMA - Klínica da educação e da pesquisa
Neuza Beatriz H.G. Pereira (UEMG - BH), Jorge Bichuetti, Margarete Amorim

SALÃO 2 - ESQUIZODRAMA - Klínica da alegria: Contribuições de Baremblitt, Deleuze e Espinosa para as lutas da subjetividade e cidadania. Patrícia Ayer

SALÃO 3 - ESQUIZODRAMA - Klínica do ruído
Marcelo Fontes

16:30 HORAS
SALÃO 1 - MESA - Macro e micro política da qualidade de vida
Carmen Lícia Macedo (PUC - BH), João Paulo P. Vasconcelos (CUT - Vale do Aço - MG), Nelma Aragon* (Instituto Pichon Revière – Porto Alegre – RS)

SALÃO 2 - APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS
- Lançamento do livro "Entre Borboletas e Salmões" - Crônicas e Poemas de Lincoln J. C de Almeida

SALÃO 3 - APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS



11 OUTUBRO
Atividades no Auditório
09:00 Apresentação de Filmes

14:00 CONFERÊNCIA - Esquizoemas principais para o esquizodrama
Gregorio Baremblitt
15:00 ESQUIZODRAMA COLETIVO

17:30 PLENÁRIA

19:00 ENCERRAMENTO

Atividades nos Salões
09:00 HORAS
SALÃO 1 - ESQUIZODRAMA - Klínica do corpo e do corpo sem órgãos
Niwa Yonevawa, Fernando Yonezawa, Alexandre M. Knorre,
Ângela Vieira (DEVIR - Campinas)

SALÃO 2 - ESQUIZODRAMA - Klínica da crise
Fátima de Oliveira, Camila de Falco (Universidade de Uberaba)

SALÃO 3 - ESQUIZODRAMA - Klínica Produções Sensoriais: Da deficiencia à diferença
Gisele Baeta (CEFET Congonhas), Christine Vianna


* convidados a serem confirmados
Locais do Evento

DIA 9
Anfiteatro do Centro Administrativo da Prefeitura de Uberaba: Rua Dom Luiz Maria de Santana, nº 141 – Bairro Santa Marta / Uberaba – MG / Cep: 38061-080
Tel: (034) – 3319-6900
DIAS 10 e 11
Casa do Folclore – Km 176, rod. BR 050 s/n - Uberaba
Tel: (034) – 3313-6020
Tel: (034) - 3313-6087

Maiores Informações
FGB-IFG – Belo Horizonte - Tel (031) 3221-1875 / 3221-7352
Atendimento – Terça-feiras das 14:00 às 18:00; Quarta,
Quinta e Sexta-feira das 09:00 às 12:00 e das 13:00 às 16:00

FGB – Uberaba – Tel (034) 3333-0906
Dados da Fundação
CNPJ- 08.357.522/0001-57
Inscrição estadual- isento
Endereço: Rua Herval, 267 SERRA CEP 30240-010 BELO HORIZONTE-MG
Conta bancária:
BANCO BRADESCO
Agencia: 02286-1
C/C: 0021284-9
FUNDAÇÃO GREGORIO BAREMBLITT

Mais informações no site da Fundação Gregorio Baremblitt.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Se um dos pais tem transtorno bipolar, aumentam as chances de os filhos terem a doença - Diz estudo

O transtorno bipolar é uma doença que afeta o humor, levando a pessoa a ter alternância de episódios de euforia e depressão. Nas famílias em que um dos parceiros tem a doença, há 10 vezes mais chance de um dos filhos apresentar o problema, enquanto que na população em geral, esse número é de 1%. Um projeto de pesquisa que visa estudar os genes envolvidos com a doença nas famílias de crianças com o transtorno acaba de ser premiado pelo Programa L'Oréal/Unesco Para Mulheres na Ciência.

De acordo com a psiquiatra Sheila Cavalcante Caetano, que foi agraciada com o prêmio, os pesquisadores irão colher amostras de sangue dos pais e das mães de crianças com transtorno bipolar para realizar uma avaliação genética visando entender quais genes estão ligados ao aparecimento do transtorno nos filhos. "Usaremos o prêmio de 20 mil dólares para o desenvolvimento da pesquisa, que estava orçada exatamente neste valor", comenta a médica. "Acreditamos que agora no mês de outubro vamos iniciar as primeiras coletas", informa. Segundo ela, o projeto já foi aprovado pela Comissão de Ética da FMUSP.

Sheila ressalta que o transtorno bipolar apresenta uma forte carga genética, mas não é uma doença determinista. "Isso significa que não é toda criança com pais onde um dos conjuges tem a doença que irá desenvolver o transtorno. O que ocorre é que há uma incidência de 10% em crianças com pais que têm a doença. Na população em geral, o índice é de 1%", destaca. Ela lembra que 40% dos filhos de pais acometidos pela doença terão algum tipo de doença psiquiátrica, como depressão e transtornos de ansiedade.

Para ver essa notícia na íntegra vá para a página Projeto de pesquisa sobre transtorno bipolar recebe prêmio do Portal Ciência & Vida.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Evento Internacional discute manicômios judiciários

1º Simpósio sobre saúde mental acontece em São Paulo

Durante três dias, psiquiatras, sociólogos, juízes e outros profissionais do Brasil e do exterior discutirão o sistema manicomial no país. O I Simpósio Internacional sobre Manicômios Judiciários e Saúde Mental será realizado em São Paulo, de 16 a 18 de setembro.

Promovido pela Coordenadoria de Saúde da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e Faculdade de Saúde Pública da USP, o simpósio tem como objetivo estabelecer um espaço de diálogo sobre os manicômios judiciários, a medida de segurança e a Reforma Psiquiátrica no Brasil.

Um tema cada vez mais presente - As infrações cometidas por pessoas sob efeito de transtorno mental estão cada vez mais presentes no noticiário. Em São Paulo, estima-se que existam cerca de 900 internados em função de medida de segurança; destes, 10% são mulheres.

A medida de segurança significa que a pessoa que cometeu uma infração por efeito de transtorno mental foi considerada inimputável e por isso absolvida. O judiciário determina sua internação em hospitais psiquiátricos de custódia, onde deverá fazer tratamento até a cessação de sua periculosidade.

Alguns dos eixos centrais de discussão durante o I Simpósio são a Lei da Reforma Psiquiátrica (Lei 10.216/01), que mudou o atendimento ao portador de transtorno mental e a Portaria 628/2002 do Ministério da Saúde (MS), com a implantação de Programas Permanentes de Reintegração Social, junto aos Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico do país.

Durante o evento serão abordadas algumas iniciativas pioneiras nesse sentido, como o Programa de Atenção Interdisciplinar ao Paciente Judiciário (PAI-PJ), de Minas Gerais e o PAI-LI (Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator), de Goiás. Estes programas buscam tratar a pessoa sob medida de segurança fora dos hospitais de custódia, através do Sistema Único de Saúde (SUS) extra-hospitalar de atenção à saúde mental, especialmente nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

Para ler esta notícia na íntegra vá para a REVISTA PSIQUE.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ioga pode diminuir ansiedade e depressão

A prática de ioga pode reduzir sintomas de transtornos de humor e trazer sensação de satisfação. A conclusão é de um estudo realizado pela pesquisadora Thais Godoy, do Instituto de Medicina Comportamental do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O experimento comprovou a eficácia da técnica como recurso terapêutico que pode ser usada como terapia complementar ou recurso em tratamentos psicológicos ou psiquiátricos.

De acordo com o orientador da pesquisa, Ricardo Monezi Julião de Oliveira, professor do curso de pós-graduação em medicina comportamental, do Departamento de Psicobiologia da Unifesp, a prática incentiva as pessoas a tomar consciência do corpo e de suas tensões por meio de posturas físicas. Por focar o autoconhecimento, a concentração e a meditação, a ioga pode contribuir para facilitar a autoconfiança e o senso de controle.

Para chegar a essa conclusão, 30 funcionários, com idades entre 20 e 45 anos, foram divididos em duas turmas. Os primeiros 15, do grupo experimental, praticaram as técnicas de ioga durante três meses, participando durante 50 minutos de aula; os demais pertenciam ao grupo controle e não fizeram os exercícios.

Após esse período, os questionários de avaliação clínica (considerando aspectos como qualidade de vida, depressão e ansiedade), com perguntas objetivas, foram interpretados por uma psicóloga. As técnicas foram aplicadas em sequência estruturada, usando como referência, o Yoga Sutra de Patânjali, também conhecido como Ashtânga, que considera as posturas físicas (os âsanas) uma preparação para as técnicas meditativas e respiratórias, auxiliando na concentração e relaxamento ao final da prática.

Fonte: MENTE E CÉREBRO