Um dos maiores obstáculos que uma pessoa com esquizofrenia enfrenta ao pensar em procurar emprego é o estigma que ela coloca em si mesma. Para ajudar os pacientes a superar essa e outras dificuldades na hora de encontrar trabalho, o Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) lançou o Projeto Esquizofrenia. O objetivo principal da iniciativa é a reinserção no mercado de trabalho, mas os pacientes que participaram do projeto piloto também tiveram melhoras nas relações sociais e alguns voltaram a estudar.
A coordenadora do Projeto, Belquiz Avrichir, psiquiatra do IPq, conta que o programa piloto atendeu 13 pacientes, por seis meses em 2008, desses sete (54%), já estão trabalhando ou, estudando. Os demais participantes abandonaram o projeto ou não apresentaram bons resultados. A forma de terapia usada é a Terapia Comportamental Cognitiva (TCC). "Essa técnica trabalha com as crenças disfuncionais das pessoas. Por exemplo, no caso do esquizofrênico, ele considera que não pode trabalhar porque é incapaz, ou porque como pessoa doente ele tem de descansar. Então, nós tentamos fazer com que ele perceba que essas crenças não são verdadeiras", explica a psiquiatra.
Belquiz explica que, além do estigma que colocam em si mesmos, os participantes enfrentam dificuldades no mercado de trabalho. "A maioria manifesta a doença aos 18, 20 anos, quando começamos a trabalhar. E vários deles estavam sem trabalhar há muito tempo". Mas ela acredita que isso pode ser superado, "alguns procuraram estudar, cursar supletivo, aprender outras línguas. Isso ajuda na hora de ser empregado e também ajuda na melhora das relações sociais".
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Um comentário:
o esquizofrenico e outros pacientes psiquiatricos deveriam ter direito a aposentadoria e tambem poder trabalhar sem cessar o beneficio, que lhes da uma segurança melhor para poder competir com os outros no mercado de trabalho.
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