segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Portadores de transtornos mentais são excluídos do mundo do trabalho

Agência UnB

Como forma de integrar socialmente pessoas em desvantagens - presos, idosos, jovens egressos do sistema educativo - o Brasil adotou na década de 1970 modelos europeus de cooperativas sociais. Hospitais e Centros de Atenção Psicossociais (Caps), por exemplo, adotaram o modelo italiano de cooperativas, no qual trabalham pacientes psiquiátricos. No entanto, o serviço exercido por eles não é reconhecido como "trabalho", apenas como terapia e ferramenta de inserção social. Esse é um erro que exclui centenas de pessoas do direito ao trabalho, segundo pesquisadora da Universidade de Brasília.

Em estudo inédito, Rita de Cássia Andrade Martins mostra que a contradição entre a função exercida pelos pacientes nas cooperativas sociais e a visão da sociedade sobre essas tarefas é justificada por causa da lei brasileira. No artigo 3º do Código Civil Brasileiro, os deficientes mentais são classificados como incapazes, inclusive para o trabalho. Ela defende, porém, que o texto fere o direito ao trabalho das pessoas com transtorno mental e sugere mudanças na legislação para protegê-las.

Na dissertação de mestrado Cooperativas sociais no Brasil: debates e práticas na tecitura de um campo em construção, defendida em julho de 2009, Rita de Cássia mostra que os pacientes psiquiátricos só se distinguem de outros operários por causa das limitações em relação à rotina. Contudo, no Brasil o tratamento dado à situação é diferente em relação aos demais países onde existem cooperativas sociais com esses trabalhadores. "Na Europa, as cooperativas são consideradas empresas sociais, enquanto no nosso país elas ainda são tratadas, em muitos casos, apenas como oportunidades de terapia e inclusão social", analisa a pesquisadora.

Para ver essa notícia na íntegra vá para a página do portal CIÊNCIA E VIDA.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

IX Encontro Nacional de Usuários e Familiares da Luta Antimanicomial (ENUFA)

Está agendado para o próximo dia 26/11 na Sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, São Paulo, o IX Encontro Nacional de Usuários e Familiares da Luta Antimanicomial (ENUFA). O IX Encontro Nacional de Usuários e Familiares da Luta Antimanicomial será seguido pelo VIII Encontro Nacional da Luta Antimanicomial.

Ambos Encontros serão de 26/11 a 29/11.

Nesses encontros serão discutidos vários temas, dentre os quais:

COMO CUIDAR DO CUIDADOR FAMILIAR

ESTATUTO DO USUÁRIO (proposta)

DEFESA DE DIREITOS DE USUÁRIOS DE DROGAS

Neste tipo de encontro são eleitos representantes de usuários, familiares e técnicos, além de se votar propostas de leis para serem levadas às autoridades políticas.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Especialista diz: Álcool e cigarro são mais perigosos que LSD e maconha

Deu na veja.com: Álcool e cigarro são drogas mais perigosas para a saúde do que muitas substâncias ilícitas, como a maconha, o LSD e o ecstasy, afirma o professor David Nutt, do Imperial College London. Ele é presidente do comitê assessor do governo britânico sobre abuso de drogas.

Segundo o especialista, é preciso um novo sistema de classificação das drogas para que as pessoas possam entender o tipo de mal causado tanto pelas substâncias legais quanto pelas ilegais.

Para Nutt, o álcool deve figurar como a quinta droga mais perigosa depois da heroína, cocaína, barbitúricos e a metadona, enquanto o tabaco aparece em nono lugar. "A cannabis, o LSD e o ecstasy, mesmo sendo nocivos, estão mais abaixo na lista, em 11º, 14º e 18º, respectivamente", explica Nutt. O ranking do professor leva em conta os danos físicos, sociais e a dependência causada por cada uma das drogas.