terça-feira, 13 de novembro de 2012
Texto sobre o medicamento RIVOTRIL veiculado nos ônibus de Belo Horizonte
Venho, através deste e-mail, manifestar meu repúdio à divulgação do texto "Cansa...Alcança...Descansa... e Cansa de Novo" da autora Fernanda Graziella, através do projeto Leitura para Todos.
O projeto Leitura para Todos, de acordo com seus responsáveis, "tem como seu principal objetivo contribuir para a elevação dos níveis de leitura da população em geral. Considerando que o livro no Brasil é muito caro e que as bibliotecas são raras, o projeto propõe-se a disseminar textos de qualidade entre leitores que não têm acesso aos mesmos. Tendo em vista que no transporte coletivo circulam diariamente milhares de pessoas, as quais estão assentadas e com tempo disponível para leitura, o projeto Leitura para todos divulga textos da Literatura Brasileira em ônibus de Belo Horizonte e Contagem."
O projeto, que tem apoio da UFMG e da BHTrans, possui grande impacto social, por possibilitar o acesso de textos diversos à parte da população que, muitas vezes, não têm tanto acesso à informação. Se, por um lado, existe este grande papel social, por outro, este papel vem acompanhado de uma grande responsabilidade esperada dos responsáveis para com os textos divulgados. É clamando por esta responsabilidade que me propus a escrever esta reclamação.
O texto supracitado fala explicitamente sobre um medicamento de venda controlada, o Rivotril. Este medicamento só pode ser comprado sob prescrição médica, retenção de receita médica e seu uso deve ser feito sob supervisão médica. Ele é indicado em casos de depressão, fobia social, do distúrbio do pânico, das formas de ansiedade generalizadas, entre outros distúrbios psiquiátricos e neurológicos.
A depressão, entre outros distúrbios psiquiátricos, está entre as doenças mais estigmatizadas do mundo. Sobre os indivíduos acometidos por esta doença comumente são aplicados julgamentos de força de vontade, preguiça, mau humor, pessimismo, entre outros rótulos. Grande parte da população não reconhece a depressão como doença, dificultando e até mesmo impedindo que o paciente possa receber um tratamento adequado.
Considerando esses fatores, o texto da Fernanda Graziella, infelizmente, reforça muitos dos preconceitos contra a doença e contra as pessoas que sofrem dela.
É claro que existem pessoas que fazem o uso indiscriminado e irresponsável do medicamento, porém, o texto se dirige a todas as pessoas que fazem uso do mesmo, sem distinção. É de uma irresponsabilidade tremenda divulgar um texto nomeando claramente uma medicação e fazer um juízo de valor de todos que a utilizam, ainda mais um texto que expressa apenas a opinião do autor, carecendo de fontes e evidências científicas.
Os textos do projeto atingem pessoas de vários níveis culturais, incluindo pessoas que podem não ter conhecimento o suficiente para filtrar as informações recebidas e que podem tomar o texto veiculado nos ônibus como verdade absoluta sobre o uso de Rivotril.
O texto veiculado é o seguinte:
"Cansa...Alcança...Descansa... e Cansa de Novo
Fernanda Graziella
Fuga? Alivio? Desespero? Tédio? Solidão? Satisfação? Prazer?
Ninguém sabe responder, ninguém sabe descrever, e algumas pessoas não conseguem entender.
Estou falando do famoso RIVOTRIL. Ele mesmo...é o melhor amigo de alguns, ao mesmo tempo inimigo de muitos.
Será que realmente é preciso pagar pelo sono? Pelo sossego? Pelo relaxamento? Quando na verdade não é preciso pagar, apenas aceitar...enfrentar....
Algumas pessoas tomam pela insônia, outros tomam pra deixar sempre pra amanhã o que pode ser feito hoje.
É o medo? Medo de quê?
De saber que vai levantar cansado se não ingerir?
Que vai chorar uma noite inteira com n problemas. e que no final vai se render a ele?
Ele...o vício, a dependência, a fraqueza, a fuga...Até mesmo a preguiça...
Se tenho ele que resolve, pra quê dar conta?"
O contato dos responsáveis por essa divulgação é:
Associação Cultural Teia de Textos
Rua Frei Leopoldo, 80 / sala 02
Bairro Ouro Preto
Belo Horizonte – MG
31310-180
(31) 3586-2511
e-mail: teiadetextos@gmail.com
O contato do patrocinador do projeto é:
LÁPIS RARO - Agência de Comunicação
Avenida do Contorno, 3979 - 8º andar - São Lucas
CEP 30110-021 - Belo Horizonte Minas Gerais - Brasil
Fone: +55 31 3211-5100 - Fax: +55 31 3211-5172
e-mail: contato@lapisraro.com.br
Agradecemos à leitora por trazer para a gente essa questão tão importante.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
III Chamada de Seleção de Projetos de Reabilitação Psicossocial: Trabalho, Cultura e Inclusão Social na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)
O Ministério da Saúde, por meio desta Área Técnica de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas/DAPES/SAS torna pública a III Chamada de Seleção de Projetos de Reabilitação Psicossocial: Trabalho, Cultura e Inclusão Social na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), com o objetivo de apoiar 101 projetos, que deverão receber incentivo em 2012, nos termos da Portaria GM 132, de 26 de janeiro de 2012.
Poderão participar dessa seleção projetos de reabilitação psicossocial desenvolvidos em todas as modalidades de CAPS, Centros de Convivência e Cultura, Unidades Básicas de Saúde, Associações de Usuários e Familiares e em outras entidades e dispositivos que promovam as interfaces entre saúde mental, trabalho, economia solidária, cooperativas sociais e/ou saúde mental e cultura.
O incentivo será repassado em uma única parcela ao Fundo Municipal ou Estadual de Saúde. Serão destinados incentivos de R$15.000,00 (quinze mil reais) para 30 projetos em fase de implantação ou que envolvam entre 10 e 50 usuários de serviços de saúde mental; R$30.000,00 (trinta mil reais) para 50 projetos implantados que envolvam entre 51 e 150 usuários de serviços de saúde mental e R$50.000,00 (cinquenta mil reais) para 21 projetos implantados que envolvam mais de 150 usuários de serviços de saúde mental.
Em anexo, seguem orientações para participação e inscrição nessa III Chamada de Seleção de Projetos de Reabilitação Psicossocial: Trabalho, Cultura e Inclusão Social na Rede de Atenção Psicossocial.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
COTAS PARA TRANSTORNO MENTAL!
OBRIGATÓRIAS ÀS EMPRESAS (LEI 8213).
ATA DE AUDIÊNCIA
“Aos doze dias do mês de abril do ano de 2012, às 14h05, na sede da
Procuradoria do Trabalho da 1ª Região, com as presenças das
procuradoras do Trabalho, Lisyane Chaves Motta e Luciana Tostes de
Guadalupe e Silva, no interesse do Procedimento Promocional nº
002290.2011.01.000/3, foi inaugurada a reunião para ressaltar o papel
instrumental do Procedimento Promocional e se registra desde já a
premissa para atuação institucional de que estão incluídas nas cotas
das empresas (lei 8213) pessoas com transtorno mental na forma da
Convenção de 2008.”
Considerando a experiência de inclusão de usuários de saúde mental na
empresa Prezunic Comercial Ltda (Projeto Gerência de Trabalho), O
setor mercadista foi o eleito para a expedição de notificação
recomendatória dando conta da nova situação, ou da inclusão nas cotas
de pessoas com transtorno mental.
Enfim, testemunhamos medidas efetivas de proteção ao trabalho formal
para uma parcela da população historicamente excluída do contrato
social.
Sim, esse é um espetacular avanço na conquista de direitos ao usuário
de saúde mental no Brasil!
Estiveram presentes: Lisyane Motta (MPT), Luciana Tostes (MPT),
Narciso Guedes (Auditor Fiscal do Trabalho), Marcelo de Freitas
(Auditor Fiscal do Trabalho), Maria Christina Menezes
(SSSAT/SETRAB/RJ), Vera Pazos (NUSAMT), Naira Saraiva (OAB), Geraldo
Nogueira (Comissão de direitos de PPD), Ana Cecília Salis (Projeto
Gerência de Trabalho).
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Rosaura Maria Braz
Psicóloga
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Comissão aprova projeto que define ações exclusivas de médicos
JOHANNA NUBLAT
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, nesta quarta-feira, o projeto de lei que define as ações exclusivas de médicos, o chamado "Ato Médico". A proposta é polêmica e coloca em lados opostos médicos e outros profissionais da área de saúde.
O texto ainda será analisado por mais duas comissões da Casa antes de seguir para sanção da presidente Dilma Rousseff.
A proposta regulamenta e especifica a profissão do médico. Define, por exemplo, que apenas médicos estão autorizados a diagnosticar doenças, a prescrever e realizar cirurgias e comandar serviços médicos.
Por outro lado, exclui da lista de restrições atos que podem ser feitos por outros profissionais, como a coleta de material biológico para análises laboratoriais e aplicação de injeções já prescritas pelo médico.
O texto foi motivo de muita polêmica nos últimos anos, criticado pelos demais profissionais de saúde, que temem o esvaziamento de suas funções e a formação de uma reserva de mercado. Os médicos minimizam as críticas e argumentam que só querem garantir os preceitos da profissão: o diagnóstico e o tratamento de doenças.
O relator da matéria, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), fez modificações no texto para apaziguar as críticas. Por exemplo, a retirada de trechos que davam exclusividade ao médico para realizar a emissão de diagnósticos citopatológicos --demanda dos farmacêuticos-- e para fazer diagnósticos funcionais e cinésio-funcionais --demanda de fonoaudiólogos e fisioterapeutas.
ENGENHARIA LEGISLATIVA
Segundo Valadares, todas as competências das demais profissões de saúde foram mantidas. "Fiz um verdadeiro trabalho de engenharia legislativa e política para conseguir esse relatório e obter o maior número de apoios. Recebi apoio de todos os segmentos, à exceção dos fisioterapeutas, que manifestaram alguma preocupação."
Pelo fato de o texto ter começado a tramitar no Senado e ter sido alterado pela Câmara, em nova análise os senadores só podem ou acolher a versão dos deputados, fazer modificações de redação, rejeitar trechos ou retomar a versão original do projeto. Não podem incluir novas questões.
Ex-ministro da Saúde, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que o texto restringiu indevidamente determinados atos aos médicos.
"Em muitos casos, o psicólogo pode diagnosticar sem problemas uma neurose simples, uma depressão. E pode fazer uma psicoterapia. O drama do senador Valadares é que, depois de ter passado na Câmara, ou restabelecemos o projeto original --ele é ainda mais restritivo-- ou ficamos com o da Câmara, que é um exemplo de reforço ruim do corporativismo (...) As demais profissões não podem ver como derrota ou vitória, é o possível de se fazer nesse momento. Acho que se restringiu muito ao médico uma série de coisas que podem ser feitas por outras profissões", ressalvou.
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) citou novamente a psicologia e afirmou que fará alterações nas próximas comissões.
"Em relação aos psicólogos, que é minha profissão, tem um artigo que trata do diagnóstico nosológico [de doenças] e da prescrição, é complicado isso, porque o psicólogo também faz diagnóstico nosológico, ele não faz medicação. Acho que vai atrapalhar bastante a profissão do psicólogo. Na CAS [Comissão de Assuntos Sociais] certamente vou fazer outra proposição", disse ela.
A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), relatora do projeto em sua primeira passagem no Senado, assumiu que esse não é o texto "ideal, mas o possível". "Médicos e outros profissionais da saúde tiveram que ceder para que chegássemos a esse substituitivo."
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Repassado por Rosaura Maria Braz
Psicóloga
Nota Explicativa: Vários profissionais acreditam que o prcedimento médico deve ser decidido em equipe. Por exemplo, nos serviços de saúde mental pública há vários profissionais de diferentes qualificações, e eles conversam sobre os pacientes em reuniões de equipe. Por isso vários profissionais da área de saúde são contrários ao ATO MÉDICO.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Banda Harmonia Enlouquece Lança Novo CD
Mais informações no site da banda: http://harmoniaenlouquece.com.br